Microsoft enfrenta críticas internas após CEO justificar demissões em meio a lucros bilionários
- Jefferson Alionco
- 25 de jul.
- 2 min de leitura
Por Redação Mundo dos Negócios
A Microsoft enfrenta uma onda de críticas internas após um memorando enviado pelo CEO Satya Nadella tentar justificar as recentes demissões, mesmo com a empresa registrando lucros recordes e investindo pesado em inteligência artificial.

Em 2025, a Microsoft já demitiu milhares de funcionários enquanto lucrou mais de US$ 75 bilhões nos últimos três trimestres e planeja investir US$ 80 bilhões em infraestrutura de IA até o fim do ano. Recentemente, as ações da empresa atingiram níveis históricos.
No memorando enviado aos colaboradores nesta quinta-feira, Nadella se referiu à contradição entre os cortes de pessoal e os lucros como o "enigma do sucesso". A mensagem foi recebida com desconfiança e indignação por parte de muitos funcionários.
Sinais de mais cortes?
Nos bastidores, colaboradores questionam se a carta é um alerta para novas demissões ou uma tentativa de aliviar a pressão emocional dos que permanecem. Comentários em fóruns internos revelam sentimentos mistos: enquanto alguns valorizam a tentativa de comunicação, outros a classificaram como "insensível" e "fora da realidade".
Um funcionário chegou a comparar a Microsoft a uma mina de carvão: "O CEO só quer extrair mais carvão, sem se importar com o que está acontecendo ao redor", disse.
Outros afirmaram que a empresa estaria priorizando indicadores de desempenho (KPIs) em detrimento das pessoas, e que a constante reorganização de times e cancelamento de projetos estaria deixando o ambiente interno tóxico.
Satya Nadella tenta acalmar ânimos
De acordo com fontes ligadas à empresa, Nadella teria enviado a mensagem ciente do clima de tensão provocado pelos cortes, pelo avanço da IA e pela pressão por resultados. A Microsoft aplica pesquisas semanais de clima organizacional, conhecidas como "pulse surveys", para entender como os colaboradores se sentem.
Apesar disso, muitos viram a carta como um recado disfarçado para os investidores de Wall Street, indicando que a empresa está cortando custos, mantendo lucros e se posicionando fortemente no mercado de IA — mesmo que à custa da estabilidade interna.
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