Por que as ações do Banco do Brasil estão caindo tanto em 2025?
- Jefferson Alionco
- 25 de jul.
- 2 min de leitura
Nos últimos meses, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) vêm acumulando quedas significativas, chegando a recuar mais de 14% no ano. Mas afinal, quais são os verdadeiros motivos dessa desvalorização?

1. Resultados abaixo do esperado
No primeiro trimestre de 2025, o BB reportou um lucro líquido de R$ 7,8 bilhões, abaixo da expectativa de analistas, que projetavam algo próximo a R$ 9 bilhões. Além disso, o ROE (retorno sobre patrimônio líquido) caiu para 16,7%, acendendo alertas sobre a eficiência do banco no cenário atual.
2. Riscos no agronegócio
Outro fator decisivo foi o aumento expressivo da inadimplência no setor agropecuário, área em que o BB concentra grande parte de suas operações de crédito. Apesar de ter anunciado um reforço de R$ 230 bilhões para o Plano Safra 2025/26, muitos analistas demonstraram preocupação com o risco de calotes no segmento, que enfrenta retração devido a fatores climáticos e de mercado.
3. Nova regulamentação do Banco Central
A publicação da Resolução CMN 4.966 obrigou os bancos a aumentarem suas provisões para créditos duvidosos. No caso do BB, o impacto foi direto: o banco teve que provisionar R$ 89 bilhões, um aumento de 45% em comparação com o período anterior, reduzindo a margem de lucro.
4. Fatores políticos e macroeconômicos
Como banco estatal, o BB está mais exposto a decisões políticas. Recentemente, incertezas sobre estratégias de crédito subsidiado, possíveis interferências na gestão e mudanças regulatórias têm preocupado investidores.
Resumo dos motivos da queda
Lucro abaixo do esperado
Queda do ROE
Alta inadimplência no agro
Provisões elevadas com nova regulamentação
Incertezas políticas
💡 O que isso significa para o investidor?
Apesar da queda, muitos analistas veem potencial de valorização nas ações do BB devido ao preço descontado e dividendos atraentes, mas reforçam a necessidade de cautela e acompanhamento de perto dos resultados trimestrais, do cenário agro e das decisões políticas.
Fonte das informações
Infomoney
Seu Dinheiro
Reuters
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