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Ex-engenheiro da Amazon revela: “Ler 1 a 4 horas por dia era parte do segredo do sucesso da empresa”


Steve Huynh, ex-engenheiro principal da Amazon, revelou em entrevista ao podcast The Pragmatic Engineer que a cultura de leitura e escrita dentro da Amazon foi um dos maiores diferenciais que viveu durante sua trajetória na empresa. Segundo ele, ler e escrever memos de seis páginas era uma prática diária que impactava diretamente na qualidade dos projetos e decisões.


Ex-engenheiro da Amazon revela: “Ler 1 a 4 horas por dia era parte do segredo do sucesso da empresa”

“Eu lia de uma a quatro horas por dia só memos. Era como uma maratona de aprendizado constante”, disse Huynh.


📝 Nada de PowerPoint — só texto


Essa cultura começou com o próprio Jeff Bezos, fundador da Amazon. Em vez de apresentações de slides, os funcionários eram instruídos a escrever memos bem estruturados, com seis páginas, em fonte 10. Esses documentos abordavam desde estratégias de negócios até propostas de novos produtos ou sistemas.


As reuniões começavam como um verdadeiro “estudo em grupo”: todos liam o memo juntos antes de qualquer discussão.


“Se você pede para ler antes da reunião, ninguém lê de verdade. Então lemos juntos, ali mesmo, como uma sala de aula”, explicou Bezos em entrevista anterior.

✍️ Um exercício de disciplina e clareza


Para Steve Huynh, esse hábito tornou os engenheiros melhores escritores e pensadores. “Aprendi a me expressar com clareza apenas lendo e escrevendo esses documentos todos os dias”, contou.


Mesmo fora da empresa, onde agora se dedica à criação de conteúdo no YouTube, Huynh defende que essa cultura deveria ser replicada em outras companhias — mas reconhece que só funciona se for incentivada pelos líderes.


“Você precisa ser disciplinado e ter princípios. Isso só dá certo se vier de cima”, concluiu.

🚀 Uma prática que moldou líderes


Andy Jassy, atual CEO da Amazon, também compartilhou essa visão. Em uma carta aos acionistas, ele afirmou que os memos curtos facilitam o entendimento e incentivam questionamentos inteligentes. Ele mesmo escreveu dezenas de rascunhos ao propor a criação do Amazon Web Services (AWS), lá nos anos 2000.



Essa cultura de escrita profunda é mais do que uma curiosidade corporativa — é um exemplo de como o conteúdo e a clareza podem transformar decisões dentro de empresas.

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